Wednesday, August 30, 2006

Não é por nada, mas parece-me que é sobredotada!



Tão pequenina que ela é e já anda a navegar, a minha sobrinha!

Monday, August 28, 2006

Silêncio

Ela sempre se afirmara ateia, sempre dissera que não acreditava em nada a não ser nas suas próprias capacidades, no entanto a sua vida andava tão complicada que naquela noite pensou que, se realmente existisse algum deus a ajudaria. Estava desesperada, nem mesmo há alguns anos quando o "grande amor da sua vida" resolvera começar uma vida nova (ou retomar a antiga vida) da qual ela não fazia parte, se sentira assim.

Na manhã do dia seguinte, a primeira coisa que fez foi dirigir-se à igreja onde tantas vezes fora com a mãe quando era pequena (antes de começar a questionar tudo e todos). Na igreja estavam cinco pessoas, todas mulheres, pequeninas e vestidas de negro, todas choravam baixinho.

Percebeu que aquele, sem dúvida alguma, não era o seu mundo, não seria um qualquer deus que iria resolver os seus problemas (por muito que rezasse), mas o silêncio daquela casa impedia-a de sair. Esteve lá sentada, em silêncio, sem pensar em nada, mais de uma hora, quando saiu sentia-se mais leve e prometeu a si própria voltar em breve.

Onde mais poderia encontrar aquele silêncio, aquela calma, ali mesmo, no centro da cidade?

Saturday, August 26, 2006

Eu que gosto de brincar com as letras...

... se tivesse uma ourivesaria chamar-lhe-ia AguA (escrito assim!).

E agora, qualquer pessoa normal me perguntaria "Porquê?", pois bem, aqui fica a explicação:

- o símbolo químico do ouro é Au
- o símbolo químico da prata é Ag

Será preciso dizer mais alguma coisa?

Thursday, August 24, 2006

...

"I've got nothing to say
I've got nothing to give
Got no reason to live
But I will fight to survive
I've got nothing to hide
Wish I wasn't so shy"


(Ask me anything, The Strokes)

O "Adeus..." apareceu no jornal!


Obrigada por me lerem e por considerarem que aquele texto em particular merecia ser publicado!

(O jornal onde apareceu foi o Riachense, o jornal cá do sítio)

Sunday, August 20, 2006

Eu nem costumo achar piada a estas coisas... mas desta vez não podia estar mais correcto!

Your Personality Is Like Acid
A bit wacky, you're very difficult to predict.
One moment you're in your own little happy universe...
And the next, you're on a bad trip to your own personal hell!
What Drug Is Your Personality Like?

Friday, August 18, 2006

(foto "roubada" do Via Dupla)

Há já algum tempo que ele sabia que tudo estava acabado, que aquela ternura violenta que sentiam há uns meses atrás não existia mais.
Ele sabia que já não era aquele o corpo que lhe apetecia, não era aquela a voz que ansiava ouvir quando chegava a casa, não eram os problemas dela que o preocupavam, mas fingia que era tudo como antes.
Nenhum deles tinha coragem para pôr um ponto final naquela história, que ambos sabiam terminada, por falta de coragem, talvez, mas principalmente porque pensavam sempre que no outro dia quando acordassem ficariam felizes por estarem ao lado um do outro, e abraçar-se-iam como antes, como se fosse uma surpresa muito boa terem-se encontrado os dois, naquela cama, como se quisessem agradecer um ao outro o facto de estarem ali. Mas isso não acontecia e continuavam os dois, calados, quietos no seu canto, a viver cada um a sua vida, sem o NÓS que antes existia.
Às vezes saíam juntos, ao fim de semana principalmente, enfiavam-se nos centros comerciais para não terem que estar sós um com o outro, para não terem que suportar a solidão um do outro. Também iam ao cinema, pelo menos lá não se sentiam na obrigação de conversar, lá não tinham que conviver com o incómodo silêncio que morava com eles.
Num desses dias, iam pela rua, de mão dada (como sempre, não que isso fosse importante, mas era hábito) e “apareceu” um poste, exactamente, entre os dois, nenhum deles hesitou, soltaram as mãos e cada um foi por um lado do poste. Nesse dia, já não foram juntos ao cinema, nesse dia ele arrumou as suas coisas e saiu e ela não derramou uma única lágrima, afinal o poste só lhes mostrou o que há muito sabiam.

Monday, August 14, 2006

Para quem vai a caminho do Império do Meio...

Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis.

Bertold Brecht

Saturday, August 12, 2006

Surpreendente!


Como alguns saberão, conheço muito melhor o Porto, apesar de só ter vivido lá durante 5 anos, do que a zona onde cresci (e vivi durante 18 anos e à qual voltei há cerca de 1). Talvez por isso não faço a mínima ideia de sítios agradáveis para ir beber café e para se estar a conversar.
Descobri hoje que há um barzinho onde se tem esta vista! Estou feliz! (com o tempo aprendi a ficar feliz com estas pequenas coisas!)

Wednesday, August 02, 2006

Adeus...


Ao contrário de muita gente nunca tive com a terra onde nasci uma relação de grande proximidade. Como tal, nunca fui uma riachense muito orgulhosa de o ser, exceptuando duas situações muito particulares e especiais.
Uma, não directamente relacionada com Riachos, mas sim com a sua localização no Ribatejo. Sempre que viajo pelas estradas da lezíria e vejo a vastidão dos campos, aquela beleza toda ali à minha mão, sinto orgulho de ser Ribatejana, sinto vontade de dizer a algumas pessoas que aquilo sim é A Beleza, A Calma, A TERRA!
A outra situação que me faz sentir riachense orgulhosa da cabeça aos pés, no mais interior de mim mesma era quando o via dançar o fandango. Pouco sei sobre a história da dança, pouco sei sobre a história deste fandangueiro em particular, apenas sei que aquele mexer, estonteante, de pés me fazia sentir feliz por ter nascido nesta terra e por ter tido a oportunidade de o ver dançar várias vezes.
Acordei hoje com a notícia da sua morte, com a notícia de que nunca mais irei vê-lo dançar, de que nunca mais veria aqueles pés a dançar...
Seria cliché dizer que nunca morrerá porque ficará na memória de todos os que o viram dançar pelo menos uma vez, mas isto não me impede de sentir um imenso vazio, com aquela música do fandango a ecoar-me na cabeça. E acreditem, ou não, o fandango também pode ser muito triste!
ADEUS VERÍSSIMO!