Wednesday, August 02, 2006

Adeus...


Ao contrário de muita gente nunca tive com a terra onde nasci uma relação de grande proximidade. Como tal, nunca fui uma riachense muito orgulhosa de o ser, exceptuando duas situações muito particulares e especiais.
Uma, não directamente relacionada com Riachos, mas sim com a sua localização no Ribatejo. Sempre que viajo pelas estradas da lezíria e vejo a vastidão dos campos, aquela beleza toda ali à minha mão, sinto orgulho de ser Ribatejana, sinto vontade de dizer a algumas pessoas que aquilo sim é A Beleza, A Calma, A TERRA!
A outra situação que me faz sentir riachense orgulhosa da cabeça aos pés, no mais interior de mim mesma era quando o via dançar o fandango. Pouco sei sobre a história da dança, pouco sei sobre a história deste fandangueiro em particular, apenas sei que aquele mexer, estonteante, de pés me fazia sentir feliz por ter nascido nesta terra e por ter tido a oportunidade de o ver dançar várias vezes.
Acordei hoje com a notícia da sua morte, com a notícia de que nunca mais irei vê-lo dançar, de que nunca mais veria aqueles pés a dançar...
Seria cliché dizer que nunca morrerá porque ficará na memória de todos os que o viram dançar pelo menos uma vez, mas isto não me impede de sentir um imenso vazio, com aquela música do fandango a ecoar-me na cabeça. E acreditem, ou não, o fandango também pode ser muito triste!
ADEUS VERÍSSIMO!

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