Injustiça
A. tem 20 anos e uma filha de 6 meses, e como qualquer pessoa precisa de trabalhar. Tendo em conta a sua experiência como operadora de caixa de um hipermercado, resolveu começar a sua busca por um trabalho nos hipermercados da sua zona. Uma das lojas a que se dirigiu foi ao Intermarché de Torres Novas, na entrevista foi-lhe dito que não poderia trabalhar naquele local porque não estavam a aceitar pessoas com filhos, uma vez que teria que trabalhar menos horas que as suas colegas (mas o trabalho a que se propunha era em part-time e, como tal, a justificação apresentada não se aplicava).
Em linhas muito gerais, A. não foi aceite porque tinha uma filha. Será que o facto de os pais (principalmente, as mães) terem a responsabilidade de uma criança, e como tal, em situações extraordinárias, terem que faltar ao trabalho para acompanhar os seus filhos é motivo suficiente para lhes recusar a possibilidade de trabalhar? Será necessário omitir que se tem filhos para se poder trabalhar no Intermarché?
É importante, ainda referir que em outras entrevistas para recrutar funcionários para esta superfície comercial (A. soube através de amigas suas, sem filhos, que trabalham neste momento no Intermarché), uma das primeiras questões que é colocada é se têm filhos... estranho, não?
Em linhas muito gerais, A. não foi aceite porque tinha uma filha. Será que o facto de os pais (principalmente, as mães) terem a responsabilidade de uma criança, e como tal, em situações extraordinárias, terem que faltar ao trabalho para acompanhar os seus filhos é motivo suficiente para lhes recusar a possibilidade de trabalhar? Será necessário omitir que se tem filhos para se poder trabalhar no Intermarché?
É importante, ainda referir que em outras entrevistas para recrutar funcionários para esta superfície comercial (A. soube através de amigas suas, sem filhos, que trabalham neste momento no Intermarché), uma das primeiras questões que é colocada é se têm filhos... estranho, não?
2 Comments:
Deixa lá,tudo tem uma razao de ser,A. merece muito mais que um supermercado,fecha-se uma porta,abre-se uma janela ;)
A. merece mais, sem dúvida. Mas a questão mantém-se: para que país dá a janela que se abre? Continua a ser um país de intermarchés, não é? A. não merece só um emprego outro, merece também outra paisagem para a janela que se abre depois da porta que se fecha.
Acho que era disto que a Erva falava, e era contra isto que se indignava.
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