Injustiça

A. tem 20 anos e uma filha de 6 meses, e como qualquer pessoa precisa de trabalhar. Tendo em conta a sua experiência como operadora de caixa de um hipermercado, resolveu começar a sua busca por um trabalho nos hipermercados da sua zona. Uma das lojas a que se dirigiu foi ao Intermarché de Torres Novas, na entrevista foi-lhe dito que não poderia trabalhar naquele local porque não estavam a aceitar pessoas com filhos, uma vez que teria que trabalhar menos horas que as suas colegas (mas o trabalho a que se propunha era em part-time e, como tal, a justificação apresentada não se aplicava).
Em linhas muito gerais, A. não foi aceite porque tinha uma filha. Será que o facto de os pais (principalmente, as mães) terem a responsabilidade de uma criança, e como tal, em situações extraordinárias, terem que faltar ao trabalho para acompanhar os seus filhos é motivo suficiente para lhes recusar a possibilidade de trabalhar? Será necessário omitir que se tem filhos para se poder trabalhar no Intermarché?
É importante, ainda referir que em outras entrevistas para recrutar funcionários para esta superfície comercial (A. soube através de amigas suas, sem filhos, que trabalham neste momento no Intermarché), uma das primeiras questões que é colocada é se têm filhos... estranho, não?

Não sei porquê...

... mas ando com ataques de hiperactividade!!

Schumacher

Nunca morri de amores por ele, e apesar de durante uns tempos ter apoiado todas as suas vitórias apenas o fiz, porque tinha pelo Hakinnen um odiozinho de estimação! (Há quem diga que os meus ódios são mais fortes que tudo o resto!)

Hoje, tenho que admitir que quando vi aquele furo no pneu fiquei com um nó no estômago, achei que não merecia terminar a carreira assim (para além de que, lá no fundo tinha esperança que a Ferrari ganhasse o mundial de construtores), enganei-me, terminou a carreira em grande, com uma recuperação muito boa e uma última ultrapassagem fantástica, à Schumacher!

Na RTP os comentadores estavam tristes com a despedida do Schumacher, sempre me lembro de eles serem fervorosos defensores do Schumi, acho que não me engano muito se disser que eles eram fãs! E, portanto, fizeram sobre ele uma reportagem bastante boa, em que diziam uma frase que me ficou na cabeça "Na última década, a F1 pode definir-se como um desporto onde vários carros davam voltas à pista e no final ganhava o alemão!", tirando algum exagero a verdade é que o Schumacher marcou a F1 e, no próximo ano, quando começar a temporada, vou ficar com a sensação que falta ali qualquer coisa!

Super Jovem

Quando eu era uma teenager, a revista da moda era a Super Jovem, encontrei hoje as minhas revistas religiosamente guardadas e em muito bom estado de conservação. Resolvi folhear algumas, afinal qualquer coisa eu devia encontrar ali para comprar todos os números. E na realidade surpreendeu-me, a revista era muito boa! Tinha notícias, curiosidades, entrevistas com músicos, cantores, actores, atletas (e não eram só futebolistas...), e banda desenhada do Tio Patinhas, Donald e companhia limitada. Acho que a Super Jovem deve ter desaparecido, afinal, não oferecia presentes tão bons como as outras, não falava de como dar o primeiro beijo, não falava no que fazer para que a primeira vez fosse inesquecível (eu vi isto na capa de uma revista para adolescentes...)... era só uma revista inteligente, com um conteúdo inteligente!

Ao folhear as revistas apercebi-me de que estou a ficar velha... imagine-se que quando "conheci" o Abel Xavier ele tinha o cabelo da cor natural e com um corte relativamente normal; o Caniggia (do qual eu nem sequer me lembrava) jogava no Benfica; o Domingos era o craque do FCP; o Brad Pitt gravava Lendas de Paixão; o Mel Gibson estreava Braveheart e apareceu-me esta notícia numa secção que se designava Mundo Louco:

"CYBERIA, um café universal

Os londrinos andam loucos: o café Cybeia é o primerio a possuir seis terminais de computador ligados à internet, a famosa rede informática de expansão mundial. Assim, bebendo um café ou um chocolate quentinho podemos fazer uma partida de xadrez com um parceiro soviético, deixar uma mensagem no computador de Bill Clinton ou ler um jornal de outro país digitalizado no ecrã. Meia hora de "brincadeira" num desses computadores custa cerca de 600 escudos. Mais de 2 mil pessoas passam diariamente pelo Cyberia, sem dúvida o café da moda em Inglaterra."

(será preciso dizer mais???)

PS- Talvez seja importante dizer que as revistas que vi eram de 1995.

As minhas aulas de condução

A ideia era este ser um post sobre as minhas aulas de condução, mas aquilo é tão mau, que acho que não consigo escrever nada!

A verdade é que juntando ao minha falta de talento natural como condutora, o nervosismo com que me sento em frente ao volante também não ajuda muito. "Respira fundo antes de pôr uma mudança diferente!" foi o conselho de hoje, será que é preciso dizer muito mais?

Irrita-me o facto de ter consciência de que estou a fazer as coisas mal e não ser capaz de as corrigir, detesto quando isso me acontece. Normalmente na vida sou capaz de dar a volta às situações, no entanto, dentro do carro sinto que perco o controlo de tudo! E eu detesto coisas que fujam ao meu controlo!

Apesar de toda a irritação, acho que as aulas até são cómicas, estou sempre a fazer comentários completamente parvos e descabidos e os instrutores devem ter a certeza que eu tenho sérios problemas mentais (o que, se calhar, não foge muito à verdade!).

Mas o saldo até é positivo, ainda não atropelei nenhum utente da via nem bati em nada, e já tive 14 aulas!

Gostava de estar assim, por algum tempo, só eu!

Sem ninguém a dizer para ter cuidado porque podia cair, sem ter ninguém, constantemente, a exigir a minha atenção, a chamar-me a atenção para qualquer coisa com piada (ou não...)!

Tenho saudades de estar comigo!