As nuvens

Por vezes "deixamo-nos levar" por coisas que nos fazem sentir bem, por pessoas com quem gostamos de falar e quando damos por nós já estamos bem lá acima das nuvens. Claro que, quando algum imprevisto acontece a queda lá do alto dói bem mais.

Feliz ou INfelizmente (acho que nunca conseguirei saber ao certo qual destas palavras melhor exprime aquilo que sinto), e apesar de já ter dado uns quantos tombos, ainda não perdi a capacidade de ir para as nuvens...

Até eu...

que gosto de ter tudo tão planeado sou, por vezes, apanhada de surpresa por alguns acontecimentos! Devo dizer que a sensação é muito boa!

Hoje faz um mês...

Apesar de...

Apesar de me auto-intitular "Cientista Frustrada" tem piada ver o nosso nome num artigo publicado! É verdade, já tenho um artigo no meu currículo, publicado no "Journal of Agricultural and Food Chemistry" da American Chemical Society...

Será?

Será que há pessoas que mesmo que não queiramos permanecem ligadas a nós, como fantasmas?

Liberdade

Hoje enquanto estava com o André (6 anos), e por causa da campanha eleitoral ouviu-se na rua uma canção do Sérgio Godinho: “... que a liberdade está a passar por aqui...”. apeteceu-me perguntar-lhe: “Sabes o que é a liberdade?” e ele diria “Não, Vera. O que é a liberdade?”. “A liberdade é uma das mais bonitas palavras que existem em português. A liberdade é...” e ficaria parada a olhar para ele como se achasse que era óbvio uma criança de seis anos saber o que é a liberdade.
“André liberdade é poderes dizer que os do PP é que são bons, só para me contrariares quando eu te estava a dizer que aqueles eram os maus, liberdade é eu poder dizer-te que aqueles é que são os maus, é poderes dizer que ser advogado é que é bom, porque não têm mestre (penso que foi o teu pai que te disse isso), liberdade é poderes brincar com quem, como e quando quiseres”. E o André diria: “Então, eu não tenho liberdade, a minha mãe não me deixa brincar com o Miguel!”.
Mas eu acrescentaria, “Liberdade é poderes achar que não tens liberdade porque a tua mãe não te deixa brincar com o Miguel. E liberdade é eu poder estar aqui a dizer-te tudo isto porque há campanha eleitoral e ouvi uma canção do Sérgio Godinho” e o André diria: “És mesmo tonta!”.

(08.Dezembro.2001)

A pedido de muitas famílias um esclarecimento...

Este blog intitula-se "Blog de uma cientista frustrada" por uma única razão, sei que se por algum motivo tiver que fazer investigação, trabalhando como uma verdadeira cientista (afinal tenho o curso de bioquímica, é isso que a maior parte das pessoas espera que eu faça) me sentirei, muito pouco realizada.

Toda a minha vida sonhei fazer investigação, por isso encaminhei o meu precurso escolar para essa área, entrei no curso que queria, bioquímica, na universidade que queria, Porto, no entanto a meio do curso comecei a pensar que talvez não fosse aquilo que eu queria fazer para o resto da vida. Por falta de coragem e alguma pressão não mudei de curso, licenciei-me com a certeza absoluta de que não queria ser "bioquímica". Não me arrependo dos 5 anos que passei no Porto, foram anos fantásticos, não me arrependo de não ter mudado de curso, porque na realidade, nem eu mesma sei o que quero fazer.

Neste momento, dou explicações, alguns não consideram isso um emprego a sério, mas na realidade, faço tudo o que um trabalhador normal faz, trabalho e sou paga para isso (ainda sem descontos, porque tenho um ano de isenção)! Será o trabalho dos meus sonhos? Não sei, só sei que me sinto bem a fazê-lo, aprendo todos os dias mais um bocadinho! No dia em que deixar de gostar do que faço, procurarei outra coisa, algo hei-de encontrar. Pode parecer demasiado simplista, mas neste momento é o que quero da minha vida!

Devagar se vai ao longe!

Ainda não escrevi nada de jeito, mas já tenho links!

Eu...

... estou feliz!

Pois bem... cá estou eu!

Já andava a sentir-me num mundo à parte, eu que sempre fui uma rapariga moderna!
Finalmente, tenho um blog! Ainda não faço a mínima ideia do que vou pôr para aqui, mas achei que seria um bom princípio criar o blog!